sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Construindo...

Resolvi comprar uma roça!!!!
Quando me deparei na porta da roça me vi menina na terra vermelha banhando os pés na nascente eque banhava a fazenda.Cheiro de vida, de bosta de vaca, de leite quente, de goiaba vermelha...."Ops!! Não estou lá, estou aqui hoje na minha rocinha".  Assunto "meu” recorrente nas reuniões das minhas amigas e amigos, vivo a infância no assunto e abuso dos ouvidos amigos......haja ouvido pra me aguentar!! Rssssss................
Empolgação tem hora que é demais temos que por o stop. Admito que ponho e o stop e loguinho começo o play.....rsrsrs.
A primeira coisa  da construção é a empolgação que delícia fazer algo você mesma, algo programado, estruturado, desejado, algo que vc é quem conduz, quem quer , e dessa forma podemos fazer uma analogia com a vida quantas vezes não nos empolgamos com aquilo que podemos fazer , que vamos realizar...
Logo depois vemos que o orçamento vai ter que esticar, pois aquilo que queremos loguinho vai ter outros que queremos e assim por diante: outro retoque, outra pintura, outra limpeza....aí é que o bicho pega temos que parar e respirar pois a escolha foi nossa e não adianta espernear, gritar, foi vc que escolheu construir e construir é bom, dá trabalho, a gente gasta, mas constrói.
Passa o desespero vem as delícia das paredes rebocadas, da janela bem posta, da porta que  abre com facilidade, que delícia tudo funciona.......epa, epa, mas tem aquela  tomada ali que eu queria que fosse um pouco mais alta, ou o quarto que coubesse três camas para os hóspedes. “Já tô pensando em hópedes”. Começo a ver o que não foi feito, realizado, acrescido, criado e vejo apenas o que falta o que tá errado.
Percebo então  pouco consideração do meu ser para comigo mesma, me esforcei, economizei, procurei, dei a minha melhor energia, minhas amigas tiveram paciência com o meu disco estragado da roça....e ponho a pensar, filosofar: “ Quantas vezes  desfazemos ou nem olhamos para aquilo que realizamos com tanto esmero e esforço?”; “ O quanto esquecemos de valorizar aquilo que os nosso pais fizeram por nós independente da forma como são?”.
Tenho uma “roça” de chão vermelho batido, com pé de acerola, uma casa pequena, que tem uma nascente no fim do terreno, lá não tem vaca, lá não tem galinha, mas lá tem cheiro de infância, sabor de vida, memórias gostosas  que ativam a minha serotonina e o meu falar.... Obrigada Debbie, Sil, Patty, Alininha, Ró, Tael, Jaina, e seus maridos pelos ouvidos....prometo eu a empolgação vai passar, mas com vocês a minha “roça” , as minha memórias, os meus amores vou dividir. Isso faz o meu viver e o meu ultrapassar  obstáculos ser realizável aqui na terrinha, faz a construção do meu ser mesmo com as intempéries.
Obrigada também  a meu pai e mãe que me deram a oportunidade de ser mais leve para mim e fazer o meu passado, da minha infância, um presente na construção de um futuro mais leve, mesmo com intempéries, mais leve, vou continuar a construir........
Valeu Aí!!!!!

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